Devido à saudade que sinto dos meus gatos resolvi postar algo sobre gatinhos. E quando se fala em gatos, nada melhor do que também falar sobre misticismo. Naufragando por sites, encontrei um texto que faz todo um resgate histórico dos gatinhos e o misticismo e resolvi por partes aqui. Espero que gostem. =D
Começando com uma frase do Baudelaire: "É fácil entender por que os gatos despertam sentimentos de antipatia nas pessoas. Um gato se mostra sempre bonito; sugestionando idéias de luxo, limpeza, e prazeres voluptuosos."
- Faz sentido!
Miacis > Primeiro ancestral. Vivia em árvores para as proteção.
Dinicts > Primeiro que começou a ter traços semelhantes aos felinos de hoje, há 10 milhões de anos.
Há dois mil anos o gato era tido como um animal sagrado no Antigo Egito. Bastet, a deusa da felicidade e da fertilidade, era geralmente representada por uma mulher com cabeça de gato. Além de Bastet, Rá e Osíris também eram representados por figuras de felinos.
Na idade média o gato era associado à feitiçaria e considerado uma criatura diabólica. Também foram perseguidos por fanáticos religiosos. Milhares de gatos foram queimados em praça pública.
Em diversas culturas da Antiguidade, em especial nas culturas orientais, o gato era considerado um guardião das almas dos mortos, detentor dos mistérios da vida e da morte, um condutor que as levava até o outro lado. O gato era adorado como divindade, e reverenciado como animal de grande poder místico. "O gato imortal existe, em algum mundo intermediário entre a vida e a morte, observando e esperando, passivo até o momento em que o espírito humano se torna livre. Então, e somente então, ele irá liderar a alma até seu repouso final." (The Mythology Of Cats, Gerald & Loretta Hausman).
Na mente de muitas pessoas, o gato ainda é um animal misterioso, quase sagrado, de uma visão além do normal e uma percepção aguçada.Diz-se mesmo que teria poderes paranormais, que saberia muito mais dos segredos da vida do que nós. Qualquer pessoa que tenha tido a chance de conviver com um gato percebe facilmente que boa parte dessas características parece mesmo ser verdadeira. Os gatos realmente parecem ter uma percepção extrasensorial, uma visão diferenciada, além do normal. Quase sempre dão a impressão de pertencerem a uma esfera superior, a um nível mais elevado de consciência.
(Esse aspecto é abordado por alguns filmes, incluindo Constantine do Francis Lawrence e Sonambulos do Stephen King)
A beleza do gato, além das suas qualidades de felino, se encontra no seu comportamento libertário. Jamais será dominado, se ele não quiser, pelo capricho do seu dono; só se aproximará para se esfregar no seu cuidador quando ele quiser e não para exteriorizar afeto, mas por pura voluptuosidade.
A relação entre humanos e gatos é tocante, no pleno sentido da palavra. O gato roça-se pelo corpo do dono e este acaricia o pêlo do gato. Se tais donos de gatos fossem levados para um laboratório a fim de fazerem teste às suas reações fisiológicas, verificaria-se que os sistemas dos seus corpos se tornariam nitidamente mais calmos, quando começassem a acariciar os seus gatos. A tensão baixa e o corpo descontrai-se. Estas formas de terapia foi provada na prática num grande número de casos agudos, quando doentes mentais melhoravam de forma notável, depois de serem deixados na companhia de gatos domésticos. Todos sentimos uma espécie de libertação através de um simples e honesto relacionamento com o gato. Esta é a segunda razão do benéfico impacto do gato nos humanos. Sua espiritualidade e ligação direta com a energia criadora do universo é muito mais desenvolvida que a nossa. Eles verdadeiramente conhecem a face de Deus. Realmente vivem a vida como deve ser vivida. São inigualavelmente superiores!
Referência:
Luna e Amigos